Sunday, May 1, 2011

Tarantino: início do fim da espera


Finalmente, depois de rumores atrás de rumores (por duas vezes - aqui e aqui - relatados), parecem ser oficiais as notícias sobre o próximo projecto de Quentin Tarantino, com os prometidos traços de western. De título Django Unchained, parte de Django, um western spaghetti de Sergio Corbucci, de 1966 (imaginemos só como T. usará a famosa gatling gun) e de Sukiyaki Western Django, de Takeshi Miike, uma homenagem japonesa de 2007 ao primeiro, onde Quentin chega a fazer um cameo.

O filme poderá contar com (rumores) Stacey Sher ("Pulp Fiction"), Pilar Savone e Harvey Weinstein na produção; com Christoph Waltz e Francisco Nero no casting principal, poderá ver a distribuição assegurada pela Weinstein Company (nacional) e pela Universal (internacional; Paramount, Warner Brothers e Sony estão ainda na corrida) e poderá entrar em rodagem já em 2011.

O argumento foi terminado há quatro dias e a capa já saiu cá para fora. Para quem já viu as capas dos seus outros guiões, sem hesitar se aperceberá que é a sua letra e, para quem gosta das conversas de backstage, é sempre bom confirmar que o mestre continua no seu registo de utilizar as canetas vermelha e preta.

2 comments:

  1. Ó Diogo, tudo bem que seja bom realizador, não digo o contrário e até concordo, dentro de um determinado leque de cineastas actuais norte-americanos ele está lá, no mainstream americano é dos melhores sim, agora mestre? mestre do quê? isso não posso concordar, mestre é o Scorsese (ainda que ultimamente tenha decaído tanto), mestre é o Malick, mestre é o Jarmusch, o Tarantino ainda tem que andar muito e fazer mais e melhores reservoirs dogs (o melhor filme dele para mim) para ser mestre. Isto na minha húmilde opinião sem querer ser apelidado de arrogante.

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  2. Álvaro,

    Antes de mais, fico contente por te ter de volta por aqui.

    Depois, apesar de não ver as coisas da mesma forma que tu, compreendo e respeito o que dizes, e não acho nada arrogante. Se me viesses dizer que não gostavas do Tarantino, tudo bem, discutiríamos isso e, desde que cada um argumentasse consistentemente, certamente que seria interessante.

    Quando criei esta etiqueta, não pensei bem no que acarretava. Ao fim de duas ou três aplicações, questionei-me: "mas o que raio é um Mestre do Cinema ?". Que critérios deveria eu ter ? Como poderia eu subsumir tais considerações a uma classificação tão estanque e objectiva ? Pensei em remover mas acabei por deixar, mudando-lhe o fundamento subjectivo, se assim lhe posso chamar: os "Mestres do Cinema" são (salvo algum esquecimento na altura do post) os meus realizadores favoritos, os que mais admiro (e, em alguns casos, aqueles a quem reconheço grande força, mesmo não fazendo tanto por mim).

    Idolatro o Scorsese e gosto muito do Malick e ambos são, para mim, "Mestres do Cinema" (do Jarmush ainda só conheço o "Coffee and Cigarettes"). Mas digo-te que idolatro também o Tarantino e, muito sincera e humildemente, tal como tu fizeste, digo-te que o considero um dos meus realizadores favoritos e um grande, grande, grande cineasta. Não só nos Estados Unidos, mas no mundo.

    "Pulp Fiction" e "Inglourious Basterds" são dois filmes que venero, completamente. Adoro "Reservoir Dogs", quase, quase ao nível destes dois. Podia ficar aqui a falar imenso sobre ele, but it's not the time nor the place.

    Aguardo por algum tipo de observação que continues a ter e agradeço o feedback ;) Abraço.

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