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Wednesday, October 5, 2011

Arronofsky secures financing for "Noah's Arc"



After months of battling to get financing for his dream project, an epic about the flooding wrath of God upon the World as transcribed in the biblical charters, Black Swan director has finally set up on wheels the pre-production of this big-budget film. Noah's Arc will be produced by Paramount Pictures and by New Regency and previous rumors had already stated that screenwriter John Logan (Gladiator, The Aviator) is going to pen the writing done earlier by Arronofsky himself. Same sources announce Christian Bale may be Noah. Similarly to The Fountain, this film has a graphic novel as a background, also created by the director (artwork by Nico Henrichon).



Sunday, June 12, 2011

News and stuff; Coen Brothers on writing a musical?


Speculation about Joel and Ethan's post-True Grit projects began back in December, when the brothers confessed to be willing to make a horror movie, possibly starring Francis McDormand. Six months later, the reports couldn't extend in a more different direction. In conversation with The Playlist, the authors of Fargo stated that "we’re working on a movie now that has music in it but it’s pretty much all performed live, single instrument so it’s hard to tell." and that "(...) the [musical] thing we’re doing now, we’re not writing specifically for any of the parts which is unusual for us.". Well I'm not a big fan of musicals but I sure want to see how it gets mixed with the Coen's bizarrely-ordinary characters and their awkward neo-noir problem-solution relationships.

Also, writes Deadline, Daren Arronofsky has already got his Noah's Ark project circulating in package. This is an old idea of the Swan King and the original script he wrote years ago may be the version John Logan (Gladiator, The Last Samurai, The Aviator) is currently re-writing. The same source still talks about numbers and says $130 thousand is what the director is asking for.

J.J. Abrams' mysterious sci-fi thriller Super 8 has finally opened in the US and scored a $12 million debut box-office. It got a 82% positive review on Rotten Tomatoes which will certainly sustain the worldwide intrigued expectations. I shall recall you that this movie went through months of a tight carefully planned marketing campaign, chiefly dedicated to releasing several viral videos and to an against-all-odds keeping of the plot as an utter secret.


Rowan Joffe (The American) was assigned the script of the new HBO-BBC co-production, about "the database run by former hacker and internet activist Julian Assange and his operatives, whose mission is to collect and disseminate via the Internet private, secret and classified information from anonymous sources.”. So, after Facebook and WikiLeaks what'll be next ? Google ?

Tuesday, May 10, 2011

Aronofsky, Allen, Anderson e Tarantino

Algumas notícias sobre os próximos projectos destes quatro fabulosos realizadores.

Darren Aronofsky poderá estar na calha para trabalhar Human Nature, um guião de Jack Welsh, que já está no mercado há 15 anos, um sci-fi que conta a história de um homem congelado durante muitos anos, que, ao acordar, descobre que a raça humana passou a ser domesticada por outra espécie. George Clooney é o nome falado para interpretar a personagem principal e Akiva Goldsman (I Am Legend) pode produzir.

Woody Allen, outrora constante presença no elenco dos seus próprios filmes (imortalizando personagens como Alvy Singer) volta a participar como actor, em Midnight in Paris. Melhor do que isso será a dupla que formará, com o magnífico Roberto Benigni, já confirmado.

De Paul Thomas Anderson,várias coisas. A primeira é a de que o realizador poderá filmar Inherent Vice, a adaptação de Thomas Pynchon, no formato de 65mm, o mesmo utilizado por Stanley Kubrick em 2001: Space Odyssey. A segunda é a de que Joaquin Phoenix já está confirmado para trabalhar em The Master, como um alcoólico sem paradeiro que se torna o braço direito do criador de um novo sistema de crenças. Este, interpretado por Philip Seymor Hoffman, seria, nas primeiras versões do guião, o criador da Cientologia. Ao que parece, houve uma alteração no rumo e agora tratar-se-à de um homem que tenta lidar com os horrores da II Guerra Mundial e, para isso, cria algo semelhante a uma religião, que conectará as pessoas com as almas de quem já passou para o outro lado. As rodagens do filme devem recomeçar em Junho.

Por fim, os direitos de distribuição internacional de Django Unchained foram vendidos à Sony Enterteinment, graças à relação que a companhia mantém com o actor Will Smith, o que confirma a preferência de Tarantino para o papel principal do filme.

Saturday, March 19, 2011

Arronofsky larga "The Wolverine"

Por razões pessoais (ficar um ano longe da família). É pena, eu tinha grandes expectativas. Esperemos pelo anúncio de um próximo projecto, então.

Wednesday, February 9, 2011

TIPOGRAFADOS MALDITOS #2


"O que teriam a dizer se algumas das maiores obras de sempre não o fossem por, pura e simplesmente, terem ficado na prateleira ? O que vos proponho é que escolham um a três guiões nunca produzidos que acreditem que dariam grandes histórias e que proponham um realizador que deveria levar o projecto para a frente."


CATARINA NORTE, de A Vida em Cenas, apresenta a sua escolha:


JACKIE (escrito por Noah Oppenheim)
Proposta de Realizador: DARREN ARONOFSKY


O retrato de Jacqueline Kennedy Onassis nos quatro dias posteriores ao assassinato de John F. Kennedy...
Um período histórico tão interessante como tumultuoso...
Um acontecimento que chocou e mudou a América e o Mundo!
Uma figura mítica dos E.U.A...
"Jacqueline Kennedy has given the American people... one thing they have always lacked: Majesty." (in The London Evening Standard)

Inicialmente ligado a Steven Spielberg e à HBO, este projecto estaria actualmente nas mãos do realizador Darren Aronofsky,
com Rachel Weiz no papel de Jacqueline Kennedy...

Darren Aronofsky? Wow! Um toque invulgar e excepcional estaria certamente garantido!

Miss Weiz? Sinónimo de classe e sofisticação!

Friday, February 4, 2011

Black Swan / Cisne Negro (2010)


Apetece-me com infinita vontade começar este pequeno comentário a trautear a fabulosa peça musical de Tchaikovsky, aqui tão bem tratada por Clint Mansell, que tal como uma boa quantidade de planos, esquemas de montagem, imagens brutais e um argumento bem desenhado não me sai da cabeça. A deixar num canto aquele que saiu por cima em Veneza, ("Somewhere", de Sofia Coppola) Darren Aronofsky chega com um novo filme de personagem (no seguimento de "The Wrestler") que não só cumpre as elevadas expectativas como acaba por surpreender.

A narrativa, considero-a subvalorizada, pela total ausência que tem conhecido em tudo o que são prémios dedicados ao argumento. Os três argumentistas criaram aqui, a meu ver, um escrito bastante consistente, claro, muito bem estruturado, com uma excelente evolução de personagem, que polvilha por cerca de 90 páginas várias cenas que desenvolvem com grande mestria um tema que efectivamente consegue atingir o público, sem ser reconduzido a metafísica forçada.

É dentro desta personagem, Nina, que Portman tem a performance da sua vida (até agora), materializando e humanizando com forte emoção a progressão da loucura e esquizofrenia da bailarina que interpreta, viajando pela atmosfera dicotómica entre o branco da inocência e da pureza e o negro da corrupção da psique e do corpo (quem sabe da moral, com a introdução do leviano através do sexo), que resulta de um grande trabalho de lente e iluminação. Todo o filme se faz acompanhar por uma câmara à mão que ora nos introduz como mais um participante do espectáculo ou nos leva em constantes tracking shots instáveis e perturbados, tal como está o estado de espírito da Rainha dos Cisnes, a cada simples passo que dá.

É também aqui que Aronofsky volta a provar que é um dos maiores mestres do close-shot, do shot/reverse-shot (a cena de luta entre Portman e Portman, no final, por exemplo) e do plano pormenor da actualidade. A captação das expressões das personagens (nomeadamente de Nina e da mãe) e dos desenhos das acções das suas mãos (que por vezes ainda se faz extraordinariamente acompanhar pela mesma câmara tremida, como no hospital; que grande recurso!) criam uma neblina de tensão e suspense, num género hitchcockiano mais dinâmico, que se complementa com a utilização dos espelhos e dos reflexos como metáfora do fragmento de personalidade (belíssimas imagens, no camarim; no metro), com os back-shots que acompanham Nina num caminho que nunca conhece o que está na porta seguinte e com uma montagem ritmada, amedrontante (repentina) e perturbantemente contínua (a passagem de local para local com Portman sempre no mesmo e preciso enquadramento; fabuloso).

Gostei muito do recurso ao simbolismo místico e fantasioso da loucura, da dança, do tema: os espinhos; os olhos vermelhos; as pernas; a pele; as asas.

É de valor acrescentar que as cenas de dança estão muito bem filmadas, como o plano em que há uma panorâmica com gigante arrastamento, seguido de paragem, com repetição desta sequência por algumas vezes; como o balanço entre a altura normal e o contra-picado nos travellings que vai fazendo durante os ensaios, ora afastando-se, ora aproximando-se, criando uma mística aura daquela delicada mas poderosa actividade, daquela perfeição técnica que contrasta com a desarrumação psicológica e emocional que Nina vai desenvolvendo e terá de atingir para conseguir protagonizar o Cisne Negro.

E o final ? Esse, épico. Um dos melhores de sempre.

Sunday, December 12, 2010

Darren Aronofsky - Top Filmografia

A cada dia que passa estamos um dia mais perto de ver estrear em terras lusitanas o badaladíssimo Black Swan, o ballet-thriller de Aronofsky que conta com Natalie Portman e Mila Kunis. Já conheço a premissa, já vi o trailer, já vi posters, já li entrevistas (convido-vos a lerem esta), e duvido que pudesse estar mais ansioso.

Achei, por isso, que estava na altura de fazer o meu balanço sobre a curta filmografia do "jovem" realizador, um dos meus favoritos, uma autêntica referência. Não sei se será por ainda ter feito poucos filmes ou não, mas não há um que eu coloque a baixo de "muito bom".


4. PI: FAITH IN CHAOS (1998)
Um dos membros daquele grupo de filmes a que se pode chamar de "primeiras grandes longas-metragens". É o primeiro mergulho no tratamento dos comportamentos mais obsessivos do ser humano, tema que vem a pautar toda a cinematografia do realizador até agora: aqui e em Requiem com a psicose e as drogas, em The Fountain com a morte, em The Wrestler com o wrestling e a companhia, em Black Swan com a perfeição. Aliás, é de um engendrar perfeito, a visualização deste filme e do seu segundo, seguidos - já aqui está a montagem frenética, ofegante, ansiosa, que distorce o tempo em que o impulso do vício toma conta das personagens. Há mais preto e cinzentos que branco, e é assim que retrata uma perturbação mecânica, analítica de um homem que ora está fechado, ora anda em círculos. Ou não fosse o seu problema precisamente a matemática, que, quer ele provar, funda a vida e a existência. Um crescendo do estudo e das descobertas muito bem construído, acompanhado pelo visível aumento do ritmo da sua insanidade e fraqueza em agarrar-se à realidade cujo fundamento procura desvendar. Uma câmara dinâmica e oblíqua faz-nos entrar nesta espiral de acontecimentos, dores e números. O final é extraordinário: um homem por fim feliz, esquecido, que abandonou de vez a inifinitabilidade do universo, que nunca poderia compreender.


3. THE FOUNTAIN / O ÚLTIMO CAPÍTULO (2006)
O seu argumento mais complexo, a sua concepção mais ousada. Três histórias de um homem e uma mulher, que são também três homens e três mulheres, que são também todos os homens e todas as mulheres, incluindo Adão e Eva. É incrível a forma como liga uma o passado ao presente e ao futuro através de saltos cronológicos cheios de paralelismos e simbologias como, de todas as vezes que chega a um dos sítios, ameaça ter-nos mentido, ao estabelecer novas conexões entre tudo, que desta vez seguem uma lógica simplesmente metafísica e sonhada - será que alguma daquelas história realmente aconteceu ? Qual delas ? Quais delas ? Será que se misturam ? Aqui a obsessão é a da morte, de um homem que quer a vida eterna para si e para a sua Rainha, de outros dois que querem a ressurreição da sua amada. Ciência e religião reunem-se como os dois bastiões da significação dos propósitos da nossa estadia neste mundo. Porém, se em Pi Aronofsky prima a redenção, aqui condena a ambição e quem nos mata é a própria árvore da vida, que é como quem diz, nós próprios. Visualmente, é um autêntico magistério dos sentidos, poderoso, vistoso, tão bonito como imaginamos ser a metafísica de quaisquer que sejam os nossos costumes.


2. THE WRESTLER / O WRESTLER (2008)
Uma viagem séria, compenetrada e incrivelmente bem estudada pelo mundo do wrestling faz com que Aronofsky crie um filme sobre um conflito interno de um só homem de forma extraordinária; do melhor do género, do que tenho visto. Aqui, a obsessão é criada de forma muito mais serena e sóbria do que nos três casos anteriores. A evolução é calma e é-nos dado, não s+o possibilidade mas também função, para tomar nos braços aquela extensão de tempo que o cobre de solidão e melancolia, de pobreza de perspectivas, de nostalgia das vivências que se vão diluindo. Sendo uma obsessão pelo wrestling, é uma obsessão por se ser alguém e por ter alguém. A interpretação de Rourke é extraordinária e complementa todo o trabalho do argumento em desenvolver com uma coerência e dramaticidade enormes a evolução dos dilemas da sua pobre alma. Conhecemos os seus profundos problemas, a sua passividade, a sua reacção à passividade, a inevitabilidade da queda, a resignação. Por fim, a revolta, o esgar de integridade. Um momento de auto-destruição que já se adivinhava, mas que surge de forma surpreendente, ao consumar e resultar do melhor que a vida arruinada conseguiu comportar.


1. REQUIEM FOR A DREAM /A VIDA NÃO É UM SONHO (2000)
Link para a crítica, escrita a 31 de Agosto de 2010.

Tuesday, August 31, 2010

Os melhores das décadas, 2000: Requiem for a Dream


A Vida não é um Sonho não só é, para mim, um dos melhores deste ano e desta década, como é também um dos melhores de sempre. O argumento não é uma tentativa escandalosa de comercializar uma visão ética e política das vivências, mas sim um credível retrato de profundos problemas existenciais da nossa sociedade, resultantes de todo e cada aspecto distópico em que vivemos, que são os vícios que nos corroem de fora para dentro e de dentro para fora, queimando-nos física, psicológica e socialmente. Isto resulta de uma concepção rigorosa da evolução da estória que seguimos, ou mais especificamente, de uma preocupação humana e artística em produzir uma coerente, emotiva e alarmante evolução dos estados presentes das várias personagens que seguimos - quatro toxicodependentes.


A concepção visual podia ou não fazer jus a este grande trabalho escrito, e Aronofsky acabou mesmo por conseguir aqui um majestoso estímulo visual, transmitindo a sua mensagem da forma mais intuitiva possível, quer provocando uma interpretação do intelecto, quer provocando uma reacção dos sentidos. Numa atmosfera negra, não das trevas, mas do escuro da incerteza do propósito, do prazer de viver, há os split screen estabelecedores de dicotomia, stress e simultaneidade/confusão, há os aceleradamente rítmicos close shots dos segundos chave da rendição aos narcóticos, há repetição de motivos, distorções e cores, há uma progressiva transformação da realidade em sonho (nomeadamente na mãe), há uma câmara tão drogada como o sangue das personagens, ora rápida e rotativa, ora estática e sonolenta. Ou seja, o rigor do argumento é justamente complementado pela minuciosidade dos planos e da montagem.


A cena final é o perfeito contrário de uma epifania. Uma sucessão e contínua re-sucessão perturbadora de sequências de perversão sexual, doença, loucura e prisão, até atingirmos um ponto aflitivamente intenso das repugnantes consequências da droga, ao que se segue o mais duro de tudo isso: a continuação da vida, depois de perdas profundas - a perda de um braço, a perda da liberdade, a perda da mente, a perda da dignidade. Mais do que tudo, a perda das relações e a perda de nós próprios.