Showing posts with label Eduardo Serra. Show all posts
Showing posts with label Eduardo Serra. Show all posts

Tuesday, May 22, 2012

Prada, by Roman Polanski

Beautiful.

Written by Roman Polanski and Ronald Harwood. Directed by Roman Polanski. Starring Ben Kingsley and Helena Bonham Carter. Photography by Eduardo Serra. Music by Alexandre Desplat.



Sunday, July 24, 2011

Harry Potter and the Deathly Hallows, Part II (2011)




I have not more than a few simple words to link my thoughts to the page after the end of Harry Potter and the Deathly Hallows, Part II.

A cycle has come to an end. Since I was nine years old, age when I first stepped into Hogwarts, reading Harry Potter and the Philosopher's Stone, there has always been something coming up, sooner or later. In units of time that sprawled between one to two years and a half or so, I was always awaiting for the next book, for the next movie.

Yes, I would forget about it during those days, weeks, months. With time, my brain started to get acquainted with the cliches, the otherwise annoying flawless characters, the melodramatic impulses in the sometimes sloppy dialog (still, Severus Snape is one of my all-time favorite characters). But you see, it was too late, anyway. I was hooked and I've been since. And it didn't prevent me from reading the classics, Hemingway, Huxley, Kafka.

This time, and I not interested in the concept of Pottermore, there's nothing coming up. And it feels kind of nostalgic, can't avoid it. That's why this pseudo-sentimental statement that suddenly completely drifted me from my observations on the film.

Fact is, I really liked it. It was a dignifying finalle. Great photography (proud when "Eduardo Serra" faded in, giant golden lettering, only after the director, screenwriter and producers), huge soundtrack by Desplat, some incredible shots, awesome VFX. Yes it had a couple of what-the-fuck stupid comic reliefs and pseudo-emotion triggers (the kisses) but in the end I couldn't care less. Maybe some months from now, when I watch it cold-hearted.

Now, like it has always happened with the eight movies (and a bunch of trailers), I am just going to manage this whistle in my head, tuned on the the main theme of Harry Potter, the boy who lived.



Sunday, November 21, 2010

Harry Potter and the Deathly Hallows- Parte 1 (2010)

Há duas coisas que sempre vão toldando a expectativa com que vou vendo os filmes, um por um, um após o outro, ano após ano: a por vezes inconsciente ânsia de ver numa tela o fantástico mundo que ocupa um lugar de ouro no meu universo imaginário e os trailers, sempre tão bem feitos, que fazem fazem parecer tal evento um acontecimento gigante e glorioso. Tem sido por isso que, desde há dez anos, venho saindo cada vez mais desiludido da sala de cinema, cabisbaixo, irritado com o tratamento que vem dando às coisas.

Apesar de ontem não ter assistido a nada perfeito, estou muito contente por poder dizer: até hoje.

Em termos de adaptação literária, com alívio por fazerem um filme de duas partes e pena por não o fazerem com cinco ou seis, não consegue deixar de pecar por ter de abarcar uma monstruosidade de histórias, historinhas, lendas, mitos, descobertas, de e para tantos personagens diferentes, em tantos locais diferentes, com tantas coisas paralelas a acontecer. Continuo a insistir que Severus Snape é uma peça fundamental em toda a história, principalmente nos últimos dois livros, sendo que só apareceu uma vez, durante um minuto (segue as opções do sexto filme, que lhe tirou qualquer protagonismo, que poderia utilizar agora). Na verdade, acho que mesmo em termos cinematográficos teria contribuído para a atmosfera mais adulta e terrorífica que este volume adquiriu, deixando para trás as réstias do carimbo de filme juvenil que ainda o marcavam muito.

Sendo impossível contornar esta insuficiência de argumento, a diferença para com os outros filmes é o facto deste conseguir introduzir, fora Snape, tanto quanto é essencial e motivador das acções, percursos e relações dos três jovens feiticeiros. Se em "Harry Potter e o Príncipe Misterioso" há uma frustradíssima tentativa de pegar no aspecto humano da equipa, nomeadamente através do amor entre Ron e Hermione e entre Harry e Ginny, aqui é com grande sucesso que Yates revela os laços do trio como grande força motriz para Harry e para toda a restante empresa. Não descura o fantástico da magia e imprime uma maior carga psicológica nas próprias personagens, algo que até então nunca tinha saltado dos livros. Na verdade, o realizador consegue uma montagem manipuladora, grande condensadora temporal, que lhe permite enveredar por esses caminhos e ainda assim ter espaço para comunicar ao espectador as pistas sem as quais não existira sequer história.

Quem também merece grande destaque é o nosso caro Eduardo Serra. Não tenho dúvidas de que o verdadeiro ponto forte do filme é a belíssima imagem, que não se resigna a essa classificação, impondo-se também como uma imagem inteligente. Grandes e fabulosas são as paisagens a que recorre Yates, mas todas elas surgem com sentido, com uma contribuição avassaladora para o progredir narrativo e para complementar o estado de espírito das personagens. Quando a isto se acrescentam dispositivos de direcção que nunca tinha visto serem usados num filme de Harry Potter, como a steadicam tremida que lhe confere um rasgo de realismo imediato, os extraordinários desenhos com que é contada a História dos Três Irmãos ou a cena completamente forjada e improvisada da dança entre Harry e Hermione, que acabo por ver como crucial, só posso fazer um balanço muito positivo.

Os efeitos especiais, feitos pelos melhores do mundo, são inafastáveis, de tão extraordinários que são, em todas as cenas a que a eles se recorra. O sector artístico está lá e está lá muito bem, fazendo um grande complemento à bonita fotografia que referi. A música, que desta vez passa bem mais despercebida, apesar de vir de Desplat, consegue criar o ambiente a que se propõe - de qualquer forma, podia ter dado ainda mais força ao filme.

Notas finais para os actores. Deliciosos momentos de humor, especialmente a cargo dos irmãos Phelps (os gémeos), Ruper Grint (Ron) e Toby Jones (Dobby). Emma Watson, melhor do que nunca, rouba completamente a cena do retorno de Ron e faz, pela primeira vez em dez anos, verdadeiro jus à personagem (depois de andar sempre lá perto) e afirma-a como uma das mais incríveis e importantes da história.

Por agora, vou esperar por Julho para tecer considerações mais completas, já que as duas partes formarão um só filme, altura em que não evitarei dissertar sobre os sete, fruto da nostalgia que me irá assolar o espírito.

Enfim, senhoras e senhores, Harry Potter e os Talismãs da Morte traz o primeiro troféu de óptimo filme, para a saga.

Friday, October 22, 2010

Harry Potter na corrida para os épicos

Foi com desalento que nos últimos dez anos assisti à constante quebra de qualidade dos sucessivos volumes da saga Harry Potter, cujos livros devorei com uma avidez impressionante, cujo mundo ainda hoje me encanta e faz parte da geografia do meu imaginário. Do primeiro filme, Harry Potter and the Sorcerer's Stone, que me impressionou e ,muito me fez sonhar pela relação entre a idade que eu ainda tinha e a necessidade da criança em ser voyeur dos seus universos de fantasia, até mais recente filme, Harry Potter and the Halfblood Prince, com um argumento péssimo, equiparável a qualquer rasca comédia de domingo à tarde, tenho esperado e "esperançado" por algo definitivamente grandioso, megalómano, marcante para a própria saga e para o cinema.

Depois de ver os trailers, posso garantir que as minhas expectativas nunca estiveram tão altas, em relação ao pequeno feiticeiro. De facto, acredito e espero que sairá daqui (dos dois volumes) um autêntico épico do cinema, um mastodôntico retrato deste mundo mágico.

Antes de vos desafiar a verem por vocês mesmos, adianto que um dos pontos fortes (fortíssimos) deste filme parece ser a fotografia. O Director de Fotografia é nada mais nada menos do que Eduardo Serra, o português que já por duas vezes viu o seu nome entre os nomeados da Academia, pela imagem de The Wings of the Dove e Girl with a Pearl Earing. Será desta que um nacional sobe ao pódio ?