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Foi com uma estranha sensação de incompletude com que saí da sala de cinema, desta vez. Não por faltar alguma coisa ao filme, porque duvido que falte, porque o senti completo, mas porque não estava preparado para ele. O próprio Paulo Branco, no início da exibição, deixou escapar que a obra seria mais facilmente compreendida por aqueles que conhecessem o trabalho do histórico realizador da Geórgia, grupo no qual eu não me insiro, de todo, ainda.
Os primeiros dez minutos são fabulosos e fazem antever uma história sobre três grandes amigos que terão crescido em volta de mistérios e curiosidades, eventualmente ligados a algum mito, à história, à arte, a lendas, em que talvez tudo fosse dar à própria vida ou às relações humanas. Mas não, nada disso. E, agora, não sei onde raio é que estes belos dez minutos se ligam com os restantes cento e dez.
Enfim, é com muita pena que admito que é um filme que não me chegou e que terei de rever um dia mais tarde, quando estiver mais preparado. Quanto à masterclass, foi curtíssima. Fomos despachados com uma pinta e um requinte impressionantes e, apesar de ter sido de um minimalismo desafiante e interessante, não deixou de saber a pouco e de nos deixar a imaginar sobre o que revolveria na cabeça de Iosseliani.
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