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Tuesday, June 14, 2011

A Árvore da Vida (2011) [português]

Entre o cósmico e o momentâneo:
«Árvore da Vida», de Terrence Malick



Jack (Sean Penn) é uma alma perdida. Rodeado e imerso pelas muralhas da sua própria existência, fortalezas distorcidas, de vidro brilhante e betão oblíquo, recorda agora o seu passado: sua infância, seus irmãos e suas brincadeiras, seus pais e seus ensinamentos. Fá-lo recebendo em si a genuína humanidade que Malick trabalha nos seus anteriores filmes. Fá-lo procurando ser o arquétipo do Homem, na sua ora perturbadora ora graciosa pequenez, na sua angústia e temor na busca pela razão de tudo, na sua força consigo mesmo e na sua fragilidade contra a natureza, no seu desconfiado mas emocionado receber das mais ténues e das mais meteóricas coisas, na sua determinada e sortuda, mas hesitante e desgraçada vontade de ser e estar em todos os dias de uma vida. A ideia que fica não é a de que Terrence coloca questões, mas sim de que as pinta e toca. Este é o seu filme mais livre, de caminhada mais improvisada e sincera, ao sabor da luz natural do sol, a única que, com o director de fotografia Emmanuel Lubetzki («O Novo Mundo», «Os Filhos do Homem»), admitiu para plantar esta Árvore. Um protesto contra a fragmentação do filme parece-me injusto, pois o que alicerça o trabalho deste argumento e desta câmara em grande-angular é o conjunto de grandes momentos, como Stanley Kubrick em tempos defendeu que devia ser feito um filme.

Quando voltamos até 1950, para junto da família O’Brien, Jack apenas procura a reconciliação com o seu pai (Brad Pitt), homem duro e conservador, mas íntegro e apaixonado, cujo tratamento moldou o seu crescimento e afirmação na idade que lhe foi sendo acrescentada. Mas tudo não passa de um ainda mais profundo ímpeto de solidão espiritual, de uma capa para um desejo íntimo e corrosivo de encontrar propósito para toda a sua vida. Assim, mergulha e busca, naqueles longínquos tempos, um raio de inocência, um esgar de comoção, uma pegada de deslumbramento que outrora tenha dado, que abale ou reconforte o desapego, o desgosto, o desencanto que hoje sente. É aqui que caímos. Caímos e vamos caindo, numa espiral sem paredes e sem fundo, feita de mosaicos coloridos, de dançantes recortes rochosos, de voluptuosas, borbulhantes e refrescantes ondas do mar, de cataratas espumantes e diluviais, de campos de girassóis, de árvores deificadas. Quando vimos à tona e respiramos ofegantes, já entrámos na história da família de Jack. Pai e mãe (Jessica Chastain) ainda se deitam na relva, sob a comovente paixão dos primeiros tempos, banhados por intermitências de luz que homenageiam o mistério do toque, do abraço, da concepção. Creia-se ou não que a planificação foi substituída pelo mero captar, nunca deixaremos escapar deliciosos detalhes como a mãe que pega o filho ao colo e o afasta da sofredora imagem de um homem em ataque epiléptico.

Antes de assistirmos ao desenrolar de uma das mais belas relações “pai-filho” que o cinema já conheceu, estamos presos numa escala de “porquês” e vamos até ao início dos tempos para questionar o propósito de toda a existência. Estudou o cosmos por material da NASA e, sob uma filosofia de montagem simbólica e metafórica que cobre toda a película, criou sequências acima da esfera espácio-temporal e ensaiou sobre o biológico e o astronómico: feixes e explosões de cores e formas, estrelas e meteoritos, gases e lava, líquido e rocha, nébula e peixe, paisagem e dinossauro, microscópico protozoário e magnânima aurora planetária de inspiração em «2001 » , ao som da excruciante e gloriosa «Lacrimosa» de «Requiem for a Friend», de Zbigniew Preisner.

A segunda metade de «Árvore da Vida» estabiliza narrativamente, mas nunca foge ao que já foi. O estilo continua a fugir à convenção, nas cores, na composição e nos enquadramentos, a favor de movimentos improvisados de câmara e actores, intensificando o impacto do tom e atmosfera naturalísticos e etéreos que vêm gerando uma legião de fãs malickianos desde «Noivos Sangrentos», em 1973. Tudo flui como um rio, vivo e com vida para dar, precisamente aquilo que o realizador pediu a Alexandre Desplat, no construir da banda-musical. A mãe de Jack representa a sua lembrança do sorriso, do carinho, da protecção, do consolo, da adorável tarefa de ser criança para sempre, enquanto que o pai é o mordomo da tenacidade, do respeito, da disciplina, e da árdua tarefa de ter de entrar no mundo adulto.

Mas Malick nunca nega a profunda compaixão de ambos. Correndo, correndo, e admitiria que aqui se alonga um pouco, seguimos os troços de educação que Jack e os seus dois irmãos percorreram, no ingrato despontar de uma visão necessariamente cada vez mais frontal do mundo.

No final, a rebeldia de uma criança que temia o pai e que jurava que este o queria morto brutaliza-se na face do presente, e é apenas aqui que o êxtase do realizador, quase surrealista, causa alguma confusão ao público e dá algum material às reacções negativas. É principalmente neste ponto que ferve a dificuldade de interpretação, em pleno clímax. A mim, parece-me que Jack sucumbe à fé. E dizer isto é abrir novo espaço para as vozes mais cépticas, que encontram na constante voz-off um dispositivo demasiado explicativo, e literário, de pretensiosismo poético. Mas não será mero complemento à imagem? Porque se sente efectivamente uma religiosidade que não é pregada mas sim orada como um suspiro e desabafo pessoais de Terrence Malick. Jack sucumbe, acima de tudo, à fé no prazer da simplicidade de uma erva, de um raio de luz, das pequenas coisas que a natureza comporta (como o pequeno pássaro ferido, agoniante imagem de «A Barreira Invisível»), do falar, do relacionar, do dar a mão. Do abraço, aliás. O abraço, aquele que o pequeno Jack não aguenta em não dar ao homem com quem travava tanta familiaridade e tanto conflito, que se traduzirá no perdão final para o pai que o tornou igual a si, numa praia de libertação como nos «400 Golpes», de Truffaut. As respostas continuam no ar mas Malick propõe a sua versão de verdade (quer acreditemos numa ou não): a alegria de tudo, dos primeiros passos à mão idosa e enrugada; a graça da existência na inatingível relação entre o cósmico e o momentâneo, entre o grande-quadro e a pequena intimidade. Enfim, nas pequenas coisas e na beleza da sua imperfeição.

Sunday, May 22, 2011

Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides (2011)


Não tenho muito para dizer e vou restringir-me ao essencial: não estou desapontado. O plot é fraco, tem buracos, é atolado de clichês e, não fosse o que se segue, seria irritantemente previsível. Porém, só fui ao cinema por quatro coisas: (Cap.) Jack Sparrow, Penélope Cruz, Hans Zimmer e cómicas cenas de acção envolvendo os três elementos anteriores. Não podia sequer esperar por mais - nunca igualaria o grande The Curse of the Black Pearl (como nenhum dos outros o fez), nem tão pouco alguma vez acreditei que o Barba Negra pudesse ser Davy Jones. Portanto, diverti-me e apenas reclamo com o elevado preço do bilhete, que dissipa admirações com a decrescente afluência às salas (aqui o 3D piorou as coisas, se bem que não só em termos económicos). Deixo destaque para a fotografia e para a sequência das belíssimas sereias.

Wednesday, May 11, 2011

IndieLisboa'11: Attenberg (cobertura dia 6)

Desde que o filme abre que são óbvias as semelhanças estéticas com a belíssima anterior obra vinda da Grécia, Dogtooth. As cores claras e desgastadas, hospitalares, na verdade; a forma como a câmara espera por todas as acções e todos os movimentos e diálogos bizarros e estranhos dos personagens, sempre a uma distância mecânica de um plano americano (conferindo maior significação às aproximações aos rostos, planos bem bonitos); os enquadramentos autistas, planos, de uma realidade fechada e a duas dimensões. São os tons e a atmosfera do antecedente filme, realizador por Yorgos Lanthimos, que protagoniza aqui a figura do engenheiro.

Nestes termos, é muito interessante e adivinha, ou confirma, depende do que se seguirá e do ponto de vista com que se olha, a nova tendência do cinema grego, aqui pela mão de Athina Rachel Tsangari. Porém, narrativa e tematicamente não me deixou propriamente satisfeito e creio que é aqui que fica bastante aquém do outro filme, mesmo percorrendo a mesma lógica metafórica. Trata-se aqui a descoberta ou emancipação sexual de Marina, que praticamente vem de um ovo de ignorância e não sabe sequer beijar - aliás, deste perturbador plano inicial e ponto instigador da história, catapultam-se uma série de momentos, como afirmei, bizarros, tão realistas quanto surreais (e aí, por exemplo, a menção para a "árvore de pénis"). O contraponto é a sua amiga Bella, que retratando uma passividade semelhante, esconde uma leviandade contrastante ("(...) come toda a gente." - incluindo o pai de Marina).

Peca, parece-me, por certa falta de rumo. Terá uma estrada, mas não um caminho. Senti pouca utilidade em muitas das sequências a que assisti e tive dificuldade em que articular um desenvolver de um tema sem interrupções forçadas de tentativas de extra-realismo. Por vezes, socorre-se demasiado da simbologia, ora do gesto ora da palavra, e a ligação das cenas torna-se um pouco arty.

O filme esteve nomeado para o Leão de Ouro em Veneza e a actriz principal Ariane Labed venceu a Copa Volpi, destinada às melhores performances - de facto, gostei. De qualquer forma, um caso a analisar com mais detalhe, no futuro.

Monday, May 9, 2011

IndieLisboa'11: Viagem a Portugal (2010) (dia 4)

Depois do sucesso que já havia granjeado por parte do mundo cinéfilo, com o documentário Lisboetas, premiado na primeira edição do IndieLisboa, um ano depois do também documentário A Cidade dos Mortos, que esteve há pouco tempo no circuito comercial e que não tive a oportunidade de ver, Sergio Trefaut, brasileiro, chega pela primeira vez a uma ficção a sério. Confessando que cheguei à sala de cinema com poucas expectativas, também confesso que saí de lá completamente embasbacado, depois de um dos melhores filmes portugueses que já vi.

A estética é minimalista, branca brilhante, polvilhada de subtis cinzentos e definidos e estruturais negros. A geometria cumpre a mesma função, sempre muito concreta, ora bem recta, ora lindamente oval. A difícil tarefa de contar uma história consignada a um tão pequeno espaço (praticamente foi aquela sala de interrogatório), foi aqui levada a cabo por uma abstracção geral da localização - não ao jeito dreyeriano ou godardiano, na montagem e nos saltos, mas sim nos olhares e na utilização da cor (por exemplo, aqueles constantes frames brancos, que ao início custaram a assimilar, mas que rapidamente faziam parte da beleza do interregno que aquela mulher vivia).

A história não tem segredo de maior e é baseada num caso verídico. O poder está no bailado linguístico que Tréfaut conseguiu criar, dando particular credibilidade e força ao diálogo em português, algo que dificilmente se vê fazer. Depois, a estratégia foi contar os acontecimentos basicamente através das reacções das personagens e teve a sorte de ter Maria de Medeiros a fazer uma das interpretações da década (se contarmos como pertencendo à década passada, que daqui a uns anos não acontecerá); Isabel Ruth absolutamente maravilhosa e Diop também muito bem.

Tenho dúvidas de que seja um filme que vá conhecer muito sucesso no circuito comercial. Apesar da forma como me afectou, não deixa de ser uma peça difícil e muitíssimo pouco convencional. Mas este sim, é um filme português que eu espero que corra muitos festivais.

Friday, May 6, 2011

IndieLisboa'11: cobertura (dia 2) e antevisão (dia 3)

Hoje assisti à sessão do Cinema Emergente Curtas 1 e o balanço é desinteressante. Abriu com Bathing Micky, vencedora do Prémio do Júri em Cannes'10, um documentário sobre uma idosa que pertence a um clube de banhistas e que desabafa sobre as mágoas da idade, que tem umas frases interessantes (uma reflexão semelhante à que um dia fez Saramago: "Envelhecer é ver os amigos morrer.") e umas expressões curiosas, mas nada mais. Seguiu-se Tre Ore, de Itália, uma história de uma menina que tem a oportunidade de falar com o pai, nas 3 horas que este pode estar fora da prisão, condenado por homicídio. Chega a ter deixas que podiam ter dado um filme muito interessante (quando a miúda lhe pede para ele lhe ensinar a disparar), mas não está nem vai a lado nenhum. Monsieur L'Abbé ameaçou seguir na calçada das outras duas, mas conseguiu surpreender nos últimos 10 minutos (de um total de 35). Todo o tempo é ocupado com imensas personagens, uma de cada vez, cada uma com direito ao seu plano estático (às vezes mais uma aproximação ou outra), em que reproduzem as várias cartas com questões práticas sobre a sexualidade, escritas a um padre da Normandia, na década de 30. Tem deixas bastante engraçadas e consegue erguer-se sem parecer a revista "Maria". Apesar de sofrer, a meio, pela grande repetitividade, alguns dos actores trazem um sentido peculiar e permitem-nos fazer associações engraçadas entre as suas ingénuas dúvidas (sempre temerosas de Deus, da moral e dos bons costumes) e a sua caracterização física, procurando descortinar quem serão eles. A última intervenção, o satisfatório grito de revolta das mulheres, é uma chapada de luva branca na mesquinhez da igreja, e a actriz era engraçadíssima. Seguiu-se Ámár, uma animação surrealista sobre uma visita de uma rapariga a um amigo, num hospital psiquiátrico. Interessante pelo grafismo, pelo uso do som e pela intensidade psicadélica; resulta. Sur La Tête de Bertha Boxcar, mais uma de França, pareceu reunir o consenso da audiência como sendo terrível e completamente incompreensível. Terminámos com Casa, de André Gil Mata, uma curta experimental de 4 minutos. Estava a ser muito interessante, muito fantasmagórica, lembrando aquelas fotografias antigas em que há uma pessoa meio transparente, que se diz ser um espírito, até à altura em que aparece alguém a limpar o chão e um velhinho.

Para amanhã, Sábado (tecnicamente, já é hoje), destaco a repetição de Les Amours Imaginaires, de Dolan, que abriu ontem o festival, Cleópatra e O Anjo Nasceu do herói independente Júlio Bressane, Neil Young Trunk Show, documentário musical do conceituado realizador americano Jonathan Deemme e ainda o documentário de João Canijo, Trabalho de actriz, trabalho de actor, sobre trabalhar os argumentos e as personagens com os actores. Não percam ainda várias sessões de curtas, nomeadamente a Competição Nacional 1, que mostrará Os Milionários, de Mário Gajo de Carvalho, um pequeno heist film de animação, que me despertou grande interesse. E há mais: deixo o programa completo.

IndieLisboa'11: Carlos (2010) (dia 1)

Carlos, de Olivier Assayas, foi o filme que escolhi para começar a edição deste ano do festival e tenho sérias dúvidas de que outra opção pudesse ter sido tão boa. Esta é a história (biográfica, na verdade) de Ilich Ramírez Sánchez, de nome de código "Carlos", um venezuelano revolucionário que, em plena guerra fria, se junta à causa palestiniana pelos conspurcados trilhos do Médio Oriente.

Com a sua câmara oscilante, o realizador traz-nos a fragilidade das relações do seio das teias do terrorismo (a instabilidade é constante, a anarquia tem aí os seus embriões, na completa ausência da força da institucionalidade) e ainda assim regista o seu dinamismo e agilidade, quer seja no planeamento de inteligentes operações, quer seja no aguçado tráfico de armas.

Assayas construiu um guião muito coeso, consistente e bem estruturado, capaz de agarrar o espectador durante as quase três horas, servindo-se da personagem principal, muito bem interpretada por Édgar Ramírez, para ir levando o filme para a frente, enfatizando a psicologia, a paixão da revolução e os marcos históricos, mais do que um plot surpreendente ou de grande destreza (afinal, a História já foi escrita). Passa por cenas incríveis, como a comunhão entre a tensão sexual e a "líbido do armamento", com Carlos e a namorada (e as devidas inserções do elemento "forma física", ao longo da película), os assassinatos dos três polícias, tão bem duziado pelos tons e melodias latinos de relief num belo jogo de tensão, ou mesmo a sequência do sequestro da cimeira da OPEP.

É com um ritmo rápido e bem marcado (até formalmente, pelos elucidativos dissolve) que vamos escalando desde o início dos anos 70 até ao à segunda metade dos anos 90, naquilo que foi uma das coisas que mais me surpreendeu. Parece-me muito difícil conseguir construir uma narrativa, no pouco tempo que pode ter um filme, por tantos anos, com tantos momentos importantes em vários deles - algo muito diferente, por exemplo, da famosa montage-sequence de Raging Bull. Porém, se no geral isso bem me encantou senti que os últimos 45 minutos, em que o próprio Carlos já reconhece o seu destino, entramos numa corrente ligeiramente repetitiva e, por vezes, arrastada, tirando ao final do filme a pujança que chegou a criar e que merecia, de facto.

Tudo vai combinando para nos irmos embrenhando cada vez mais nas teias do tráfico de influências, da corrupção, da negociação, da diplomacia, de todo um espectro de relações entre alguns dos mais poderosos países do Médio Oriente (Iraque, com Sadam; Líbia, com Khadafi; Sudão, Arábia Saudita, Argélia, Israel), nas constantes e bruscas mudanças da conjuntura (como as que ditou o fim da Guerra Fria, a "derrota do comunismo"), na vida e obra de um homem que quis ser um Che, e que terminou os seus últimos tempos em liberdade como um resignado, fugitivo e gordo. Toda a atmosfera e elementos narrativos apontam para isso mesmo, ao conceder uma hora de filme a um Carlos fisicamente muçulmano (um belo pormenor, na gradual transformação do bigode e do cabelo), esquecido de uma luta de verdade, vivendo sob a asa de protecções efémeras, de família destruída e com ingénua nova tentativa, doente.

Saturday, February 26, 2011

TOP 2010 AGNV - Parte III (Final)


Desafio-vos a deixarem as vossas escolhas.


MELHOR FILME PORTUGUÊS: TOP 3

Este top ficará adiado até ter a oportunidade de ver dois dos filmes portugueses mais mediáticos do ano: "O Filme do Desassossego", de João Botelho e "José e Pilar", de Miguel Gonçalves Mendes.


MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO: TOP 3


1. TOY STORY 3



2. HOW TO TRAIN YOUR DRAGON



3. TANGLED




MELHOR ARGUMENTO: TOP 10


1. SHUTTER ISLAND
Laeta Kalogridis


2. WINTER´S BONES
Debra Granick e Anne Rossellini


3. BLUE VALENTINE
Derek Cianfrance, Camey Delavigne e Joey Curtis



4. INCEPTION
Christopher Nolan



5. TOY STORY 3
Michael Arndt



6. HOW TO TRAIN YOUR DRAGON
Adam Goldberg e Peter Tolan



7. COPIE CONFORME
Abbas Kiarostami



8. THE KIDS ARE ALL RIGHT
Lisa Cholodenko e Stuart Blumberg



9. THE KING´S SPEECH
David Seidler


10. THE SOCIAL NETWORK
Aaron Sorkin



Nota: Não tive a oportunidade de ver o mediático "Another Year", de Mike Leigh.


MELHOR REALIZAÇÃO: TOP 10


1. BLACK SWAN
Darren Aronofsky

2. SHUTTER ISLAND
Martin
Scorsese

3. THE SOCIAL NETWORK
David Fincher


4. WINTER'S BONES
Debra Granik


5. THE KING'S SPEECH
Tom Hooper


6. TRUE GRIT
Joel & Ethan Coen

7. BLUE VALENTINE
Derek Cianfrance


8. INCEPTION
Christopher Nolan


9. BURIED
Rodrigo Cortéz


10. ENTER THE VOID
Gaspar Noé




MELHOR FILME: TOP 15


1. SHUTTER ISLAND



2. WINTER'S BONES



3. BLACK SWAN



4. BLUE VALENTINE



5. INCEPTION



6. TOY STORY 3



7. HOW TO TRAIN YOUR DRAGON



8. THE KING´S SPEECH



9. TANGLED



10. COPIE CONFORME



11. THE KIDS ARE ALL RIGHT



12. THE SOCIAL NETWORK


13. TRUE GRIT



14. BURIED



15. ENTER THE VOID