Showing posts with label William Monahan. Show all posts
Showing posts with label William Monahan. Show all posts

Saturday, August 27, 2011

Scorsese, Monahan & DiCaprio; reunited for re-picking Dostoyevsky's story




After a considerable number of masterpieces, in 2007 Martin Scorsese ultimately earned the Academy's utter recognition, by winning the Oscar for Best Director with the successful thriller The Departed, also accolading Best Film, Best Editing and Best Adapted Screenplay for writer William Monahan in one of his first film writings. Among the very fine cast there was, as today it is all in all improbable not to be, Martin's fetish actor, Leonardo DiCaprio.


To the prospects of remaking this team I write with excitement, feeling to which I add a great expectation when acknowledged with the object of Paramount's contract with Scorsese and Monahan: regenerate Karel Reisz's The Gambler. The 1974 film is a bare adaptation of Fyodor Dostoyefsky's novel, telling the story of a literature professor who while inspiring his students to read the Russian's works, spirals into the gambling vice and drags his girlfriend.

DiCaprio is currently not under legal assignment but along the company's gawking, may we also check his recent prolific cooperation with the director: Gangs of New York (2002) The Aviator (2004), The Departed (2006), Shutter Island (2010), the abandoned The Wolf of Wall Street and the upcoming Sinatra (2013)

Monday, March 22, 2010

Edge of Darkness (2010) - "Some secrets take us to the edge."


Já o tinha apresentado, há um par de dias, e eis que é o meu primeiro filme de 2010: Edge of Darkness (Fora do Controlo), um thriller sangrento que marca o regresso de Mel Gibson ao grande ecrã.

William Monahan (The Departed) conta-nos a história de um polícia que assiste à morte da própria filha, partindo em busca do assassino, julgando que ele próprio era o alvo. Parece-me um início bastante normal para um policial. Por esta altura, já tinha algumas coisas a criticar: 1) a primeira imagem (os três corpos a boiar, com o título em cima), que surge completamente descontextualizada de todo o filme, mais ou menos até metade - era dispensável; 2) talvez pudessem ter perdido mais algum tempo no build-up da relação entre Tom (Mel Gibson) e a filha (Bojana Novakovic) -tudo acontece muito depressa: vemos uma gravação antiga, dela, na praia, com um tom muito nostálgico; logo a seguir vemos uma adulta a ir ter com o pai; de repente, ela está doente e o pai, ainda que pareçam muito afectuosos, não sabe nada da vida dela; eis que leva um tiro; 3) se ele era o tipo de pai que nem visitava a filha (como nos vimos a aperceber) nem fazia a menor ideia da sua ocupação profissional, porque raio é que ela o tratava como se fosse o melhor pai do mundo ?; 4) poucos segundos antes de morrer, depois de dar claros sinais de doença, confessa ao pai que tem algo "que te devia ter contado" (e que, dado o contexto, tem a ver com o seu débil estado de saúde) - porém, esquecem-se completamente disto. Será que Tom nunca se lembraria do assunto ?

Segue-se a fase em que o detective resolve partir numa investigação paralela à da polícia (depois de ter convencido o superior de que deveria fazer parte da investigação) e em que começa a descobrir aquilo em que a filha estava envolvida. Surge uma complicadíssima teia de contactos e conhecimentos, entra o governo dos EUA, a "National Security", um Senador corrupto e uma gigante empresa que, alegadamente, produz armamento nuclear para fora do país. E, como dizer, todos juntos fazem um belo vaso - estão todos do mesmo lado. O problema, como já podem desconfiar, passa pelo facto de Emma (a filha) ter tentado denunciar tudo o que se andava a passar; agora, Tom, está a descobrir toda a trama que a filha já havia compreendido. Como reacção, para aniquilar qualquer suspeita, surgem dois feixes de acção, que se tentam equilibrar com acordos e cedências mútuas, o que acaba por não correr bem: de um lado, o monopólio impenetrável de segurança privada da própria empresa de investigação e desenvolvimento nuclear (o "feudo de segurança"), de outro lado, a mais prudente actuação da Segurança Nacional.

Também não é difícil de adivinhar que, feito este contexto, a cada prestação de informação sobre esta teia se segue uma morte. Não me lembro quantas foram, ao todo.

Mel Gibson parece-me perfeito para o papel, ainda que não tenha tido uma interpretação extraordinária e apesar da cena final, em que está "bêbedo de veneno", estar ridiculamente exagerada. É o polícia racional que tenta não lidar com a morte da filha para procurar respostas e, principalmente, vingança (ainda gostava de perceber porque é que ele nunca se assustou, ou achou estranho, com as visões que tinha da filha, em criança). Vai resolvendo a tramóia, mas acaba por não conseguir escapar ao fio fatídico que conduz o filme do início ao fim: morre enveneado, depois de matar o assassino da filha e o responsável pela empresa. Ao mesmo tempo, Jedburgh (Ray Winston), que havia sido enviado para tornar a investigação num quebra cabeças demasiado grande para se poder resolver, vira-se para o lado dos bons, assassinando o Senador e os membros da Segurança Nacional responsáveis pelo assunto. Logo de seguida, ele próprio, é morto por um simples polícia.

A confusão já não era pouca quando o filme termina com uma clara mensagem sobre a "afterlife" - Tom e Emma caminham, juntos, para a "luz" (literalmente). Foi estranho. E descontextualizado.