Showing posts with label Mark Whalberg. Show all posts
Showing posts with label Mark Whalberg. Show all posts

Thursday, July 19, 2012

"Ted" is funny as fuck



A furry sand-colored teddy bear that lilts "I love you" when you pat his back is your delicious hugger for a night of thunderstorms. Overused cliché for children's playfulness, innocence and cuteness, until Seth MacFarlane, emperor of an animated world and father of a new limbo of humor and satire, twists it, wrests it, perverts its morales, puts a joint on the corner of his mouth and grows it a ghost dick. A stoner brocom-romcom that grabs hold of the writers' droop for outrageous jokes and scandalous situations as we've watched for the last ten years since Family Guy, American Dad and now Cleveland Show. The dialog is sharp and the predicable plot points are executed with surprising novelty, becoming the best comedy of the year so far (more laughs than last year's Bridesmaids).

Ted ran after the unusually self-conscious marketing campaign Ted is Real. While in the first ten minutes of the movie the characters learn the toy has been Pinoccio'ized (news broadcasting helping to create a solid sense of credibility) and now acts like a human, he was constantly advertised as authentic in our real life - the messages of support for the Euro'12 or his holding the Rated-R cards in the promotion stands. A first-rate motion-capture animation and great character writing accomplish such corporealness. Ted was alive for me last night. Whalberg was too but I am sad that Mila Kunis was under-explored thus refraining her comic potential once again.


There's a figure, an iconic figure that I shall not reveal, tying the whole act together. Alongside a perpetuating night wish and an incorrigible recklessness, a childhood idol is a mark for nostalgia, friendship and coolness of the old times. That's what bonds fit Whalberg and Ted's world to later break it apart, making them go on a coming-of-middle-age journey to restore Mark and Mila's love relationship. Add it a thimbleful of disgusting antagonists to darken and heighten the stakes and you've got a third act.

 One of the most interesting things to grasp from the film is the import of the visual and specially narrative style from Seth's animated series (much more than the voices and the meta gags). Mocking everything and everyone, differs from The Dictator in that it focuses itself on pop culture (it makes 9/11 as pop culture as Susan Boyle, while Sasha shuffles it as political satire). But the action scenes, soaked in violence and exhaustion of beats, and some particular shots (like the dizzying travelings when they're stoned at the party) attain Seth MacFarlane's uniqueness as a filmmaker.


Sunday, April 4, 2010

The Lovely Bones / Visto do Céu (2009)


Era com grande expectativa que vinha a aguardar esta peça, apesar de não ter lido o best-seller em que se baseia (The Lovely Bones, de Alice Sebold). Eram três os pontos em que alicerçava o meu interesse:

1) A premissa principal: uma rapariga de 14 anos é assassinada e inicia a sua viagem na direcção da luz. Porém, não consegue continuar caminho e fica presa numa "esfera emocional" de luta, ódio e vingança, que constitui a única ligação entre ela e a sua família, que se começa a desmoronar. Só ela tem o poder de curar todas as feridas.

2) O elenco forte: das cinco personagens mais relevantes, duas eram interpretadas por vencedores de Oscar e três eram interpretadas por nomeados para Oscar - Rachel Weisz (Abigail Salmon, a mãe) e Susan Sarandon (Lynn Salmon, avó); Saoirse Ronan (Susie Salmon, a rapariga), Mark Whalberg (Jack Salmon, o pai) e Stanley Tucci (George Harvey, o assassino).

3) O responsável pelo leme do barco: Peter Jackson. De notar que o director também participou na escrita do argumento, acompanhado por Fran Walsh e Philippa Boyens, que formam a equipa que venceu o prémio da Academia para Melhor Argumento Adaptado, com Fellowship of the Ring.

Agora que volto a considerar isto, tinha mesmo tudo para ser um bom filme. Desiludiu-me, porém - o primeiro e terceiro pontos; quanto ao segundo, não vou apontar críticas.

A história começa bem. Passamos alguns minutos, não a absorver a vida da família Salmon, mas sim a ser absorvidos por ela. Seguimos os passos de Susie, ficamos a conhecer alguns aspectos da sua personalidade e qualquer coisa sobre o seu grande amor pré-adolescente. Criamos mesmo uma empatia com a rapariga, inocente e simpática. A narração por parte da própria cria uma atmosfera muito adequada de uma nostalgia que é suposto sentirmos. Há mais dois pontos que fortalecem este sentimento: o pequeno angle à volta das fotografias (o seu sonho de ser fotógrafa) e o encontro com Ray, que sempre desejou e nunca poderá ter, assim como nunca teve e nunca terá o seu primeiro beijo.

A sua morte está bem realizada. Foi intenso e, ao mesmo tempo, dúbio. Assistimos à passagem de uma curiosidade tremenda pelo "esconderijo" a uma cautelosa tomada de consciência de que algo não estava bem, à assumpção do controlo por parte do medo. Esta bela cena muito deve às excelentes interpretações de Saoirse e Stanley, às quais já voltarei. Ao mesmo tempo, ficamos sem saber como é que ela morreu, como é que tudo se passou de facto. Aliás, o que vemos, é Susie a conseguir fugir e, de repente, é um fantasma.


A partir daqui, senti tudo desmoronar. A partir daqui, tenho a dizer: mau filme. Penso que o pior foi a estruturação do argumento e a justificação (ou falta dela) de pontos importantes.

A alternância entre o mundo terrestre e o mundo celestial é, quase sempre, sem grande sentido. Na terra está a acontecer algo de importante e no Céu, apenas acontecem coisas estranhas, que nem Susie percebe e que não fazem sentido com nada. É certo que, por várias vezes, a rapariga chama pelo pai e este chega a dizer que a viu. Mas como se explica que a primeira coisa em que ela pense quando chega ao Céu seja o encontro com Ray ? E como se explica que a mãe se tenha ido embora sem que ela sequer se preocupe, para no final dizer qualquer coisa como "percebi que era a minha mãe que faltava [aceitar a minha morte]" ? Como se explica que dê relevo ao facto de a irmã ter um namorado mas não se preocupe com o facto de ela se estar a arriscar demasiado com o assassino ?

Penso que também podiam ter explicado o significado do local onde Susie estava sempre, qualquer que fosse a paisagem - porque parecia ter um grande significado mas eu, pelo menos, não o percebi. Outra: a rapariga que via os mortos. Uma personagem é introduzida com tamanho mistério, revela tamanha faculdade e é simplesmente arrumada ? Pior foi no fim quando parece perceber que o corpo mutilado de Susie está prestes a ser deitado numa lixeira e a única coisa que faz é criar uma ilusão, em Ray, para que este pense que está em frente à amada (sim, a paixão era recíproca) e lhe dê, finalmente, o beijo.

Há outra parte que me deixa em estado de quase-indignação. Temos uma situação em que Susie percorre uma série de paisagens que, passo a expressão, tresandam a morte, enunciando a série de assassínios que Harvey protagonizou (uma grande cena, essa) para, logo de seguida, e ao mesmo tempo que há problemas na terra com a sua família, se encontrar reunida com essas mesmas crianças de que nos acabou de falar, num sentimento de alegria e comunhão.


Por fim, o final foi demasiado apressado. Temos uma boa performance de Rose McIver (Lindsey Salmon, a irmã) em casa de Harvey, à procura de pistas, com um bom hype dado a toda a cena para, no final, sermos presenteados com uma imagem da polícia em casa do dito cujo, sem uma reacção dos pais de Susie, sem uma congratulação à miúda. Pareceu algo que foi esquecido na hora.

Também teve coisas boas. Destaco, imediatamente, as interpretações de Saoirse e Tucci, os efeitos de Jackson (esteticamente, é um filme belíssimo - destaque para aquela que foi uma das poucas conexões bem feitas entre o mundo terrestre o Céu, a situação em que Jack começa a partir as garrafas com os barcos e o mesmo acontece, em ponto gigante, lá em cima), a história dos rolos de fotografia (a revelação de um por mês, como havia sido imposto pelos pais à filha, por serem muitos, com o último a ser a chave para o assassino) e a banda sonora. Também gostei do final dado ao vilão. É o chamado "karma".