Com um orçamento baixíssimo, o mesmo do fraco "Mistérios de Lisboa", Rodrigo Cortés fez, ao mesmo tempo que tudo que disse, o filme que Hitchcock gostaria de ter feito. Noventa minutos dentro de um caixão, nada mais, nada menos. Eu próprio não acreditava ser possível contar-se uma história destas e, no entanto, o que se fez aqui foi pegar numa grande ideia, num isqueiro, numa lanterna, nuns pedaços de madeira e fazer um dos filmes do ano.
Monday, January 10, 2011
Buried (2010)
Com um orçamento baixíssimo, o mesmo do fraco "Mistérios de Lisboa", Rodrigo Cortés fez, ao mesmo tempo que tudo que disse, o filme que Hitchcock gostaria de ter feito. Noventa minutos dentro de um caixão, nada mais, nada menos. Eu próprio não acreditava ser possível contar-se uma história destas e, no entanto, o que se fez aqui foi pegar numa grande ideia, num isqueiro, numa lanterna, nuns pedaços de madeira e fazer um dos filmes do ano.
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Diogo, por mais que concorde contigo, penso que deves, nos teus textos e quando isso não se adequa (como é o caso), afastar o teu ódio de estimação que é o cinema português, que generalizas de autista e pretensioso e bla..., e tratar uma obra desta envergadura por si só, um sucesso de produção e de realização, na minha opinião.
ReplyDeleteFlávio,
ReplyDeleteAntes de mais, não é ódio, é desprezo.
Generalizo, é verdade. Mas faço-o porque é assim que vejo aqueles que apelidamos de "os grandes e incompreendidos realizadores portugueses, que apenas o estrangeiro valoriza". Em quantos blogs não viste, nas últimas semanas, lamentos por o Pedro Costa estar em Nova Iorque e não sei quê e no top disto e daquilo, sem serem reconhecidos cá ?
Depois, creio que tratei esta obra assim mesmo, por si só. Vê bem os elogios que lhe traço. Uma produção fenomenal, uma realização exímia, um argumento interessantíssimo e que cumpre bem aquilo a que se propõe.
A questão é que, a meu ver, 1) adequa-se bastante a comparação; 2) ao comparar estou a dar mais um ponto à produção deste filme que, ainda assim e como disse, vale por si só.
Adequa-se bastante porque mostra que não conseguimos levar as pessoas ao cinema, cá e no mundo, não por falta de dinheiro ou preconceito do estrangeiro, mas sim por falta de ideias e de visão nesse sentido. E nem vou discutir o que é "não ter visão nesse sentido" ;)
Não posso deixar de concordar com o Diogo. Apesar de a minha visão do cinema português, ser bastante idêntica à dele. Creio que neste exacto contexto, em que tens um filme de produção simplicista, uma realização fenomenal e um argumento que é quase meio filme, é que podes despertar a questão polémica, da invalidez das nossas produções. Podes então, a partir daqui, procurar encontrar os pontos de divergência,que fazem desta metragem, uma obra genial, e os que permitem que os filmes portugueses se qualifiquem como estrume. Claro que estaríamos a discutir o sexo dos anjos, se só tivéssemos estes factores em conta mas, ainda assim, serve sempre para despertar. Acima de tudo, para interiorizar que é possível assumir um caminho diferente do da frustração, sendo este
ReplyDeleteúltimo, o que caracteriza muitos dos nossos queridos professores, que inevitável e infelizmente, deixam transparecer para as gerações vindouras. Durante a transição de conhecimento. Uma vergonha
curiosamente, é a crítica que ando a preparar! Ahah antecipaste-te! Muito em breve estará no meu blog.
ReplyDeleteGostei imenso do filme, adianto desde já. Achei o filme muitíssimo bom mesmo.
Este já está na lista. Quero ver se vale mesmo a pena, mas tenho sérias dúvidas.
ReplyDeleteVou adicionar-te à minha blogrooll, que julgo que ainda não tinha feito x).
http://cinemaschallenge.blogspot.com/
Obrigado, Andreia ;)
ReplyDeletejá fiz a crítica do filme :P
ReplyDeletehttp://depoisdocinema.blogspot.com/2011/01/buried-2010_24.html