Hoje voltei a passar pelas curtas metragens, desta vez na sessão Competição Nacional Curtas 1, que não conseguiu valer mais do que a de ontem. Começámos com Casa, de André Gil Mata, da qual já tinha falado. Desta vez, o realizador honrou-nos com a sua presença, incrivelmente tímido, e explicou que foi um filme sobre e dedicado à sua avó - mais pessoal não podia ser, portanto. Seguiu-se Os Milionários, animação de 14 minutos de Mário Gajo de Carvalho, que já por mais do que uma vez aqui havia mencionado, salientando as minhas expectativas. Sem dúvida o melhor filme da sessão e ainda que, no fundo, estivesse à espera de outra coisa, achei interessante. Deixo, no entanto, alguma reticência para a frase com que acaba o filme, que me desiludiu um pouco: "Fim dos Milionários". Até então, estava a compreender aquilo como a metáfora da ganância, como creio ter sido a intenção do realizador e do argumentista mas questiono-me sobre algum conteúdo político-ideológico, em vez de nada ou do clássico e simples "Fim". É que, pareceu-me, retira alguma subtileza à questão. La Ilusión Te Queda, co-produção Portuguesa e Argentina, realizada por Márcio Laranjeira e Francisco Lezama é um conjunto desinteressante de conversas fúteis e planos aborrecidos (nomeadamente a sequência final), com uma ou duas deixas com piada. Terminámos com o veterano Marco Martins e com Filipa César, realizadores de Insert. Como ficção (que é assim que está classificado), é absolutamente incompreensível e a total ausência de som é só muito entediante. Como exercício estético mais experimental, teve coisas interessantes, nomeadamente no sentimento de descoberta sexual que alguns planos bonitos e a montagem ágil conseguiram revelar.
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